...29+1=30 ao serviço da Nação...

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Dia 4 de março de 1991 marcou a minha vida profissional, pessoal e familiar.
Para o comemorar, decidi fazê-lo de forma diferente, com cara e sentimento alegre, tentando fazer um exame de memória a estes 30 anos dedicados a uma Nação que em tão pouco tempo, tantas alterações já observei e testemunhei.
Não quero de forma nenhuma bater prosa nesta vertente, desabafando unicamente, que mudamos do 8 para o 800, e haja capacidade para acompanhar estas novas gerações(o que às vezes não é fácil).
O dia apresentou-se nublado e com sol envergonhado.
Ainda assim, a ideia e certezas eram de sair e sem hora de regresso, discursar com Deus, terapia da boa, sendo a hora de regresso, a que as pernas permitissem.
Barragem de Santa Águeda/Marateca e direita em direcção a São Vicente da Beira. Chuvinha murrinha a atrapalhar um pouco, mas com pensamentos positivos ela, lá foi desaparecendo.

Durante esta manhã, tanta coisa me foi passando pela cabeça e pensamento, naquele dia 4 de março de 1991.
Decidi em vez de SVBeira, virar a Casal da Serra.
Neste local percorri trilhos verdejantes e com cascatas de água "envenenando" ainda mais a terapia de hoje.
Fantástica correnteza de água que nesta altura está brutal ao percorrer os trilhos ouvindo a água sempre como companhia.
Como a "ROTA DOS LAGARTOS" passeio BTT orientados por GPS se está a aproximar, apostei ora aqui ora acolá picar alguns buraquinhos, que neste dia correram mal.
Desci até São Fiel apostando agora na parte rolante da manhã, e ao picar um buraquinho com umas mimosas cortadas à pouco, o pior aconteceu.
Pneu rasgado por uma delas. Câmara de ar, e não me apercebi do tamanho rasgo.

Devagar arranquei, mas cedo percebi que ia rebentar; Decidi bater à porta de uma simpática Sr.ª que me desenrascou um cartão grosso, curiosamente da "sagres" que permitiu seguir viagem por mais uns kms, mas ainda assim obrigou-me a encurtar a paz que ia desfrutando neste dia memorável.
Dos arredores da Soalheira/Castelo Novo, foi rezar Avés Marias para que a câmara não rebentasse, pois aí sim seria uma chatice.
Conforto do lar, manhã divertida(podia ser melhor não fosse este azar), muitos pensamentos me passaram pela alma, percorrendo a memória de 30 anos ao serviço da Nação, pedindo a Deus para me dar força e SAÚDE para o resto que me falta, pois a mesma Nação já me trocou as voltas duas vezes.
Termino com palavras de tristeza:
A minha homenagem justa aos 12 mortos do meu curso de 4 de março de 1991.
Pinto Infante