domingo, 20 de março de 2022

...as voltas do Pinto Infante no Geotour 2022...

O Geotour aqui bem ao lado, na cidade do Fundão, já nos habituou a uma qualidade a todo o nível acima do normal.
A fasquia desta gente é muito alta.


Pela 4 ª vez intercalada, participei neste estrondoso evento.
Os treinos foram muitos, e em carga preparei-me(pensava eu) para o que me aguardava em dia do Pai, mas...
Desde dezembro de 2021 que me bateu à porta o bicharoco, as pernas não querem andar, força nem vê-la e se antigamente qualquer subida me custava, agora é que não anda mesmo. Coincidência ou não, levei a vacina já positivo, e isto tem sido uma chatice.
Arrastar-me é o que faço...
Ainda assim, fui até ao Fundão.

Estudei o trajeto, e vi logo que ia ser uma coisa a sério.
Subir e descer, quebra pernas mas meus amigos, a exploração de trilhos que não lembra o diabo, embelezam este evento de uma forma fantástica.
Saimos pelo Telhado até à serra da Argemela; Ao descer, em virtude das afiadas e perigosas pedras, apanhei um cagaço de arromba; Ia estoirando o pneu, Não passou de um suto.
Silvares, tudo muito bem escolhido.
O perigo e adrenalina neste evento são uma constante ao nosso lado.
aquilo que considero o icone deste evento.
Cabeço do Pião. Os adjectivos são poucos para caracterizar tamanha beleza, para quem como eu gosta da Natureza na companhia da digital.
Um local devoto ao abando, que permite através da bicicleta ser conquistada trilho atrás de trilho.
Neste local obrigatório de foto, encontrei o Zé e o Capinha dos Escalos de Cima.
Aproveitei para comer uma sandoxa que levava e desfrutar desta imensidão que respira história de outros tempos...
Seguia-se a Barroca.
Carrega em cima da foto:
Neste adrilinico single, rota do mineiro penso, uma Sr.ª mandou um valente trambulhão, um susto valente que se ficou por ali, ajudei a socorrer onde o marido logo veio também, pois as preocupações imediatas foram grandes.
Desejo que tudo corra bem, penso dorsal 455 B.
Segui serpenteando o Zêzere carregado de histórias que as gentes que por ali passaram anos escreveram através de árduo trabalho com certeza.
A perícia e olhar não podiam de modo algum ser esquecidos um segundo.
Dornelas do Zêzere, Alqueidão e Bogas.


Até Bogas do Meio foi sofrer e mais sofrer. Diría mesmo arrastar-me.
Maldita vacina ou bicho...
Não tinha nem tenho forças nenhumas.
Ia com uns 10 companheiros que iam tão estoirados como eu; Aqui estava um bom e vasto abastecimento; Do meu calibre.  
Voltei a encontrar os Escaleiros, e disse-lhes para seguirem, pois estava deveras a equacionar abandonar, em virtude faltar o mais dificil do dia.
Malhada Velha até ao alto das antenas eólicas.
Só 10 kms a subir, onde tem pendentes com 20%...
Uma carrinha vinha até ao alto do Açor, comuniquei à organização que não iria fazer o pior, e aproveitei a boleia numa carrinha até ao alto.
Apanhei o trilho, vim até Enxabarda a pedalar.
Faltando 22 kms para o Fundão, desfrutei destes trilhos, encontrando malta amiga do staff, que deu para rever, e depois entrei nos singles do parque de campismo do Fundão.
Cheguei, um pouco triste, pois não consegui fazer o trilho completo, mas a saúde é um valor que apesar de me andar a enevervar, tenho que a preservar.

Posto isto, cheguei como tinha intenção, direitinho, com a sensação da grandeza de evento que o BTTGARDUNHA ser muito positiva.
Terminei com 93 kms, 15 deles feito à borla na carrinha.
Uma prova dura, de uma beleza ímpar, mas um desafio que sempre que possa(e espero que esta merda de dor de pernas passe rápido), vou estar presente, como sempre num só dia.
Ao BTTGARDUNHA os meus parabéns por colocar no nosso Interior num espaço digno das coisas melhores que se fazem por aí.
Depois, como o Pai esteve ausente durante o dia foi chegar a casa, e receber esta coroa para o rei Pai.
A melhor taça que jamais se pode receber.
Parabéns a todos os Pais.
...aquele de sempre, Pinto, o Infante