quinta-feira, 23 de abril de 2020

...ainda sou do tempo que se podia dar um abraço...

Coisa horrível, dizer isto...
Ainda sou do tempo em que se dava um abraço sentido às pessoas..
Uma 5ª feira esquisita, mais uma, embora desportiva, isto está tudo muito ao contrário.
Com rotações profissionais, ainda que as 5ª feiras sejam para pedalar quando possível, sente-se que as pessoas andam tristes, diferentes e até com medo da própria sombra...
Decidi abrir as portas aos horizontes da ponte de ferro, com ligação à capelinha de São Lourenço no Palvarinho, uma capelinha muito bonita(pena não ter a sua caracterização num azulejo ou mosaico), pois há muito tempo mesmo não descia ou subia por ali.
Desde a Lardosa até às Tinalhas, ultimamente tem sido lugarejos muito visitados.
Nesta 5ª feira, mais uma vez de mochila às costas fui lá. Uns trilhos que permite subir, rolar e descer o que mais gosto.
Um clima excelente pelas 9 da manhã, ao longo, mas pelas 11 horas apesar das subidas o ar sentia-se mais frio. As vistas enriquecidas pelos trilhos, reforçaram-se ao chegar à tal ponte de ferro;
Fantásticas imagens.
Subi, e mais subi, e vinha a Santa Apolónia.
Hoje, dia 23 de abril(ou Abril como antigamente), até era dia de São Jorge, o grande cavaleiro.
Mas foi nesta hermida, lugar que abraça a casa dos Joões, onde tanta aliança se cruzou por ali, não sendo eu excepção que registei o momento, lembrando-me de dar o nome a este post:
...ainda sou do tempo...
Foi aqui que amei, foi apesar de ser Joaquim, vir casar na casa dos Joões de seu nome.
Belo barracão que regista grandes memórias. Recordei simplesmente aquela dia com a minha cara metade que me acompanha ao longo da vida, e neste espaço grandes amigos que mantenho.
 Carrega na foto:
Bela recordação;
Bela casa;
Belo barracão;
Belas memórias;
Belo espaço;
Se ese espaço falasse...
Dia 23 de abril de 2020, como é possível estar com um discurso destes:
...ainda sou do tempo em que se dava um abraço às pessoas...
Onde é que estamos????
Onde vamos parar???
Só tu HOMEM, estás a pagar por aquilo que fizes-te à Natureza...
...ainda sou do tempo...
Pinto Infante

quarta-feira, 15 de abril de 2020

...da pandemia à terapia...

Com a pandemia atrás de nós sem sequer a vermos, a maldita não arranja maneira de ir embora sei lá para onde.
Sendo assim, a cumprir isolamento(com excepção da bike), fui por aí fazendo a minha terapia favorita.
O canhão de guerra está a portar-se à altura, não havendo é "patas" para a menina.
A 29, o que quer é andar, sobretudo em rectas e descidas. É espectacular.
Nesta 2ª feira de Páscoa, tinha caso o tempo o permitisse, a ideia de aproximar-me dos 80 kms.
Carrega na foto:
Da Lardosa saí com intenções e objectivos bem definidos.
Belgais.
Sabia de antemão, que atingindo esta quilómetragem, ia levar uma malha à antiga. Mas o farto-te de estar em casa, e esta pandemia, tem feito que tenha ainda mais vontade de pedalar ou ir por aí em contacto com a Natureza.
Alcains; Alterei as coordenadas de gps para rezar diante da Santinha, a de Santa Apolónia, mais uma Avé Maria e Pai Nosso.
Castelo Branco, lance grande, e depois de uma sandocha XL do meu tamanho(quase) foi sentir o canhão test drive a invadir os trilhos até Belgais(Maria João Pires). 
Brutal; Magnífico comportamento.
Ainda assim, não foi a todo o gás, pois uma queda nesta altura!!!...
O sol nesta baixa aquecia, e mais ainda quando iniciei a subida de 4 kms até ao alto da Mata.
Belos kms, bela manhã e percurso escolhido à medida para chegar a casa pela uma da tarde.

Pelos Escalos de Baixo a dentro entrei para reforçar os músculos novamente junto do bonito chafariz.
Escalos de Cima,  e pelos ribeiros e barrocas é agora possível ver as quantidades de água que têm caído dos céus que os enchem de cor e baleza que caracteriza esta altura do ano, embora de forma triste em consequência da pandemia.
À Lardosa, capital das pasteleiras cheguei com o objectivo deste dia quase cumprido, não fosse a areia no sapato dos 80 kms; Quedei-me pelos 74 kms..
O resto, bem o resto foi top, visto estar contente e vergado à montada.
Cheguei ao aconchego do lar junto dos meus, direitinho e com alegria dos ver a todos direitinhos.
Forte abraço a todos/as, pois bem precisamos.
Pinto Infante, sem travões e de que maneira....a subir claro...
...haja "patas"...

sábado, 4 de abril de 2020

...Avé Maria...

Muita gente à semelhança de mim, não se lembra de uma coisa assim.
Sem uma única bala, consegue-se atormentar e matar milhões de pessoas.
Guerra, para quê???
Gasta-se tanto dinheiro em medicamentos "inuteis" em vez de se gastar na cura do diabo.
Com a aproximação da semana Santa, com tempo para dar umas voltas por aí, decidi nesta 6ª feira ir rezar uma Avé Maria nas capelinhas, que tanta e tanta história e memórias carregam na minha vida.
Saí da Lardosa, e a 1ª Capelinha fez-me vergar ao pensamento e memórias rezando pelas almas de quem cá já não está.
Rainha Santa Isabel.
Um espaço de cara lavada, mas as histórias, essas cá ficam para mim, para os meus, e para as gentes das Tinalhas.
Naquele espaço, pelo 1ª vez ouvi falar de solteirosvscasados, além de memoráveis festas em honra da Santa se realizavam nesta Ermida, recordei os tempos longínquos com familiares e tamanha alegria.
Ainda nas Tinalhas visitei a capelinha de São Pedro, onde aclamei também por melhores dias.
Desci em direcção à terra dos avós maternos. Aqui o chão estremeceu com tantas e diverseficadas memórias.
Óh Deus...
Se estes espaços falassem!!!
N/Senhora da Encarnação; Um espaço lindíssimo, devoto ao abandono, uma capelinha à espera das minhas Avés Marias.
Assim o fiz.
Carrega na foto:
Uma volta quase a chegar ao fim, sendo o regresso pela N/Senhora da Santa Águeda.
Não neste espaço onde se encontra hoje, mas no verdadeiro local jaz um bonito azulejo relembrando o local onde tanta vez andei à pedrada na companhia de companheiros do meu tempo.
Uma volta devota à emoção, com a aproximação destas memoráveis datas deixaram-me comovido, mais ainda numa altura que precisamos tanto de acreditar.
Avé Maria.
Boa e Santa Páscoa a todos/as.
Pinto Infante