quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

...o regresso cheio de saudades, e o adeus...

Podia arranjar vários títulos para este post. Por exemplo:
Adeus 2011;
A última cavalgada;
Mais uma 5ª Feira;
Encostei as botas;
Enfim. Uma mão cheia deles.
Decidi-me por este.
Estamos nos finalmentes, ou porque não, dar as últimas.
5 ª Feira, ou será 5ª feira???!!! Agora vai!!!
Bem 5ª Feira por enquanto assim se escreve, aqui nas benditas bandas de Castelo Branco é dia de desporto.
Assim sendo, e cada um ao seu estilo, ora futebol, cambalhotas, porrada, bicicleta ou a pé, sempre que o serviço o permita, toca a mexer, e então nesta altura que a "engorda" é coisa notória, pelo menos da minha parte. É comer e beber, e o resto que se.....lixe...haja saúde.
Embora deste o último da Lardosa não tenha mais feito o gosto à coisa, cá os ciclistas do serviço, embora com temperaturas que não apetece mesmo, teimaram dizer adeus às voltas de bike no ano 2011, e desta vez na vertente asfáltica.
Ah que saudades tinha eu de andar com a malta do serviço nas 5ªs Feiras.
Mesmo sem vontade nenhuma de pedalar, graças ao frio, fomos mesmo assim fazer aquilo que o Marques apelidou da "rota das adegas".
Ora se o Marques a entitulou desta maneira, vai daí o Tomás e vamos antes à volta saloia.
Certo e verdade, é que pelas 9  e pouco lá fomos os 3(lembrando o Zézinho, Huguinho e Luisinho), com alguns trocos no bolso à Ti Patinhas, e em direcção aos Escalos de Baixo demos inicio à nossa volta. Até estava frio, mas o pior disto era o desagradável vento que no alto da Lousa se virou contra nós. Para as bandas da Lardosa, começava a cheirar a filhoses e jeropiga. Eis que surgia a 1ª adega. As horas aproximavam-se do meio dia, e as Tinalhas eram logo ali. Seria a 2ª adega?! Foi sim Sr.ª. Mais uma filhó, mais uma jeropiga, e tira as mãos do travão a descer Tinhalhas, Póvoa que já não és tu que levas a bicicleta....
Cafede, e outra adega?! É melhor não...
Castelo Branco, e com 65 Kms terminavamos esta volta, em que fiquei a saber que quem não gosta de diminuitivos no nome(Huguinho Zézinho e Luisinho) até se pode contentar com nomes próprios.(Hugo, José e Luis).
Mas com esta história toda de sermos 3 no dia de hoje, se aparecesse um quarto companheiro, e se chamasse Agostinho?!
Em 2012 será que se escreve Agosto, ou agosto???!!!

Que o melhor de 2011, seja o pior de 2012, são os meus votos.
A todos/as desejo que 2012 traga aquilo que pediram, e não esqueçam dar um saltinho ao calendário das voltas do Pinto Infante, caso queiram inscrever na V/agenda os eventos com a minha assinatura.
Aquele abraço, o de sempre...
...tira as mãos do travão...a subir claro...
Pinto, o Infante

domingo, 18 de dezembro de 2011

...o prazer em manter a tradição...

A Lardosa é uma aldeia aconchegada na Beira Baixa, embrenhada na serra da Gardunha, banhada de água algo aperfumada da albufeira Santa Águeda(Marateca) que dá cor, brilho e beleza aos eventos que organizo.
Trunfos e ingredientes suficientes QB para que,de há uns anos para cá, me apaixonarem, e levarem -me a realizar em prol da amizade e convívio, confraternizações em que a bicicleta é rainha.
Todos os anos, e vamos no 5º na Lardosa, envio convite a um lote de companheiros, se possível das várias terras da Beira, Alentejo(este ano por motivos de saúde tiveram falta), vou buscar alguns trilhos e bredas por onde circulo ora sozinho, ora acompanhado, e partilho muitos deles por onde muitos destes convivas nunca tenham circulado.
2011 chegou, e com a cidade de Lisboa já bem longe(vai-te embora melga), a vontade de realizar mais uma edição do "último Domingo do ano" vinha com mais prazer ainda. A lista para este ano envolvia os mesmos que me têem acompanhado nos anos transatos, com algumas desistências de relevo(valores mais altos o justificaram), dando lugar a uma lista mais ampla, recebendo assim, algum sangue novo neste convivio.
O motivo que justifica a realização, esse continua intocável.
Confraternização, amizade e desfrutar dum Domingo em ritmo bem alegre.
Haja saúde.
Ora se a capacidade do restaurante a mando do seu dono são 60 pessoas, 54 disseram presente.
Em cima das bikes a circular foram 58. Brutal Domingo, em que batemos todos os recordes.
Pelas 8H30, com uma russa valente, a malta ia chegando aos poucos. Cumprimentos da praxe, e depois do discurso matinal, alertando para alguns perigos, vamos lá então aquecer, e desfrutar dos trilhos que escolhi.
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Dêem um pulinho aos blogues da Beira:
António Cabaço

Btthal

Trilhos &limitados
Da realização do passeio orientado por GPS, tinham crescido uns trilhos que alongavam muito a quilómetragem. Foram guardados no baú e nos calcanhares da Gardunha fomos desta vez ao seu encontro. Como o mote para este encontro é a confraternização, nada melhor do que esticar ao máximo a tal TRÓIKA, e aproveitar um bom pequeno almoço para conversarmos calmamente, aproveitando também a manhã solarenga que estava. Escolhi a quinta dum veterano amigo do Sobral. A quinta do Srº Verisissimo que várias vezes já tivemos para lá ir, na vertente pasteleira. Será que um dia destes conseguimos!!!???
Com uma febra, entremeada, morcela e chouriça, só faltava mesmo a iguaria de fabrico próprio. O queijo. E que queijo. Um branquinho, e se pudesse ainda agora lá estava.
Depois da malta bem aconchegada, tinhamos ainda 25 Kms a fazer para regressarmos à Lardosa, com subida de 1ª categoria via Rainha Santa Isabel.
Desde a quinta do Sr.ª Verissmo, pedi ajuda ao meu amigo Tomás, profundo conhecedor desta zona e até às Tinalhas os olhos foram dele. Obrigado Tomás pela colaboração. Das Tinalhas para a frente, ora abre lá o baú e brindei a malta com algum do ouro que considero na zona. Umas bredas a descer a serra até à Póvoa de Rio de Moinhos.
Espelho meu, Eseplho meu...a barragem da Santa Águeda(Marateca), é sempre um espelho/postal da Lardosa, e que nestes eventos embelezam sobremaneira a coisa.
Enfim, Lardosa e depois dos banhos, aguardavam-nos a tal sopita(que bela estava), o tal bacalhau, e a tal confraternização.
Cada um aos seus sitios, terminava assim mais um convívio em que me dá sempre prazer organizar, mais este 2011, pois Castelo Branco/Lardosa é logo aqui.
Agradeço a quem me cedeu as fotos, pois também fazem parte da coisa.
A quem comigo desfrutou deste Domingo(domingo), obrigado por terem aceite este meu desafio, e 2012 conto com vocês.
Duas palavras de agradecimento. Aos meus amigos da Junta de Freguesia da Lardosa, Qui Tó, e Sr.º Verissimo. Sem vocês isto não seria possivel.
Bem haja







Pois, e com isto tudo mais um ano passou,  e palavras para quê???!!!
Saúde meus amigos...é uma palavra simples mas tem o valor que tem...
Que o sapatinho traga o que pediram, e contem com "as voltas do Pinto Infante" para  2012.
Aquele abraço
Pinto, o Infante

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

...Passeio de BTT, orientado por GPS...

No ano 2011, nova aposta em outra vertente do BTT. Orientado por GPS, 56 Kms fizeram com que colocasse mais um evento com a minha assinatura por estas bandas da Lardosa.
Com uma resposta muito agradável de quem participou em 2011, e depois de ver que não coincide com nenhum evento da Beira, apresento a data da realização do 2º Passeio de BTT com orientação por GPS, com organização:
 "as voltas do Pinto Infante".
13 de Maio de 2012

Vão estando atentos aos pormenores, sendo que um dado é certo.
Limite de inscritos, 100 bttistas.
Pinto Infante

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

...guardei no meu baú, restos do GPS para o último 2011...

2010
Desde 2007, que partilho com alguns companheiros do pedal uma volta domingueira como outra qualquer no último Domingo de cada ano aqui pelas bandas da Lardosa.
Tudo começou com um intercâmbio entre a minha pessoa, e uns colegas Alentejanos, estes da cidade de Portalegre.
É verdade que já lá vão uns anos, mas na altura, desafiei alguns companheiros do pedal de Alcains, os quais aceitaram, e num belo fim de semana fomos desfrutar dos trilhos Alentejanos via Portalegre, barragem da Apartadura, Portagem e Marvão. Como o tempo passa...
Como a amizade vai ficando e a distância embora separe um pouco as pessoas, há momentos que nos opomos, e um destes Domingos, por sinal o último desde 2007,  anda cá se queres partilhar uma voltinha das voltas do Pinto Infante.
A receita é simples. Um "pelotão" com guia(relembrando passeios à antiga), uns banhos(a sempre colaboradora Junta de Freguesia da Lardosa),um restaurante(de preferência com bacalhau, tava a ver que a Tróika não permitia), convidar alguns amigos(em número à capacidade do restaurante), e bora lá...

2011, não vai ser excepção.
Esta 6ª Feira, com tempo de folga e a jogar já na Beira, fui fazer o reconhecimento do baú. Aquando da organização do passeio orientado por GPS em Maio, deixei alguns por visitar e partilhar com a malta, pois a quilómetragem seria duramente ultrapassada.
Lá estavam eles. Direitinhos, com a diferença da sua cor. Verdes, muito verdinhos para os podermos desfrutar dia 18 de Dezembro.

Ora se uns já os conhecia, desta vez e como já não tenho muito tempo para a sua preparação,  pedi ao meu amigo Tomás, quase pioneiro desta confraternização que colaborasse comigo na elaboração deste trilho, visto irmos invadir a sua zona natural .  


Vamos ver o que isto dá, sendo certo que a única coisa que me interessa, e nesta altura do ano, é que seja um Domingo cheio de confraternização e amizade e que a malta desfrute juntamente com a bicicleta prazer de um Domingo bem passado.

As fotos de hoje são do telefone.
Pinto Infante

sábado, 3 de dezembro de 2011

...de objectivo,a facto concretizado. 4ª etapa...

Se me propus traçar um objectivo para testar a minha resistência e vontade da coisa, ligando a cidade de Lisboa, capital de Portugal,  à aldeia da Lardosa numa bicicleta todo o terreno em quatro etapas, meus amigos, neste dia 3 de Dezembro para mim deixou de ser objectivo para passar a ser um facto. Consegui. Com a 4ª etapa na calha, a ligação da cidade de Santarém à cidade de Abrantes envolvia uma quilómetragem a roçar os 100 Kms, semelhante um pouco às outras 3 ligações.
Das 4 etapas previstas, esta 4ª e a 1ª decorriam muitos dos quilómetros feitos em plancies e vales em que na minha e penso que na memória do meu colega e companheiro Simões vão ficar com certeza. Em cerca de 180 Kms, apercebi-me da verdadeira bravura de um Tejo que ao enervar-se devora e invade o quotidiano das gentes que por ali moram e tentam fazer da agricultura o seu ganha pão.
No vale de Santarém,  lugarejo este que o São Pedro nesta aventura quis connosco partilhar, esquecendo a chuva e, brindando-nos com dias em que o agradecimento é pouco, para abrilhantar tamanha beleza da Natureza que por nós passou.



Mais uma vez, o pouca terra, fez parte desta ligação. Fomos até Abrantes, deixando o carro na estação, embarcando então no comboio com saída na cidade de Santarém. Cidade de Santarém não, porque da estação à cidade ainda são 7€ de táxi, isto se for tarifa diurna...eh eh...
Fotos Pinto;

Como no Sábado antecedente tinhamos rachado com o frio, desta vez de pernitos fizemos um manguito ao frio. 9 da manhã, tudo pronto e já com o cafézinho da manhã no bucho, iniciávamos a derradeira etapa.

Sol, temperatura de 10º, saimos com trilho no GPS direccionados à aldeia do Reguengo do Alviela. O interesse era vermos e testemunharmos aquilo que se fala e vê nos media. A invasão das águas do Tejo. A agricultura por aqui é rainha. Sua magestade, a planicie é algo de soberbo que se observa por aqui. Couves, tomates, melões e vinha. Produções à escala mundial, e acreditem, a perder de vista.
Não podiamos ter calhado com melhores dias para isto. O sol brilhava nas águas das charcas, rios e ribeiros para fazer parte das imensas fotos que tirámos. Lindo.
Se na ligação Lisboa a Santrém a lama foi inimiga, nesta etapa nunca como tal...
Vale de Figueira, Pombalinho, Reguengo do Alviela, Mato Miranda, terras que observavam a passagem de dois  saltimbancos das bikes.
No meio das planícies, a lama ia fazendo das suas. Diría esquisita uma terra riquíssima para estes terrenos, mas inimiga para as bikes. Caso esta tirada estivesse agendada para 8 dias atrás, tinhamos que introduzir algumas alterações.

Agarrava-se teimosamente às rodas fazendo com que as bikes pesassem o dobro, mesmo a tal ponto de bloquear as rodas. Um obstáculo dificil de transpor.Nunca visto.

Riachos viria a seguir.
Qaundo circulávamos calmamente nestes terrenos, um caçador tentando a sua sorte, com o fiel companheiro, o seu cão, cruzou-se connosco, tudo bem até aqui; o seu traiçoeiro cão, curiosamente não ladrou veio em minha direcção e fez questão de experimentar o sabor do carbono. Não percebeu muito bem a linguagem do outro!!!
Refeitos do susto, Riachos,  além de ser o lugar escolhido para o pão caseiro que levávamos às costas, foi também a partir daqui que começámos a rolar com mais rapidez.

Um dos pontos altos desta etapa, foi a passagem pelo parque Natural do Boquilobo. Já ouvira falar, mas que nunca tinha tido oportunidade de visitar. Vida animal, flora e fauna são trunfos intocáveis que enriquecem esta zona dos Riachos/Entroncamento.
Não sei se foi a aproximação à cidade do Entroncamento, mais conhecida pela terra dos "fenómenos", mas um forte vento se levantou, tornando desagradável circular.
Com trilho no GPS a passar por outro parque natural, este bem conhecido por mim, o parque do Bonito no Entroncamento poi palco de uma desagradável surpresa. Obras, tudo vedado e a beleza deixámos de a poder ver, e que originou uma grande alteração ao trilho, fazendo com isto uma demora adicional.

Aproximava-se para mim um dos muitos momentos marcantes deste dia. A passagem por Tancos, constituia algo de interesse adicional, uma vez que passei 8 meses ao serviço da Nação, cumprindo o serviço militar obrigatório. Através de single track muito bonito, vislumbrávamos o Castelo de Almourol, onde o rio Tejo beija as suas muralhas. Se memórias tinha, neste dia foi vez de as recordar. Tentámos visitar o complexo da Engenharia, mas nos dias de hoje, os portões substituem os antigos sentinelas, sendo que só um se encontra na cancela principal....tudo acaba...
Constância, aquela terra que baptizaram com o nome da amante do rei, segundo reza a história. também ela beijada pelas águas de um Tejo que aos poucos se ia despedindo de nós.
A despedida, começava a cheirar este dia...
A barreira dos 80 kms era ultrapassada, e através dos campos outrora plantados com milho e trigo, começávamos a avistar a cidade onde iria terminar o dia de hoje.
Abrantes.
A noite começava a cair, quando num erro incrível da minha parte(onde é que já ouvi erro???!!!), ateimei que tínhamos chegado a Abrantes, e o Simões alertou-me que o carro não tinha ficado em Alferrarede, mas sim em Abrantes...Duas vezes seguidas, e sempre no fim das etapas erro desta maneira...(só me apeteceu chamar "Zé Manel" a mim mesmo!!!)...

Lavar bikes que bem mereciam e dar por terminada a 2ª etapa, que se transformou na 4ª e última.
Objectivo concretizado. Ligação na modalidade BTT entre a capital de um país comandado por uma tal de Tróika, a cidade de Lisboa, e uma aldeia da Beira, Lardosa,  com gentes que como eu sofre na "pele" as vicissitudes da actualidade.
380 Kms percorridos, duas 6ªs Feiras, dois Sábados.
Foi bom chegar à cidade de Abrantes e absorver um sentimento de dever cumprido, mais ainda agora que a Beira Baixa já me faz companhia todos os dias novamente.
Uma desafio com o cunho de "as voltas do Pinto Infante", e que o meu companheiro de luta fez questão de abraçar e comigo partilhar esta aventura.
Fotos do Simões:

Para mim, com toda a certeza fazia esta ligação sózinho, mas não era a mesma coisa.
Partilhar momentos de alegria, riso, muito nos rimos das parvoeiras que quer um, quer outro fomos dizendo, ouvir as galhofas e dizeres de gentes por onde passámos, desabafos, tristezas, roupa suja, e até de algum medo(3ª etapa), foram para mim momentos que serviram para fortalecer a amizade e companheirismo, e fazerem desta aventura algo de muito bonito na companhia das bicicletas.
Resta-me agradecer a companhia do Simões, pois conseguimos...
Agora, se Lisboa ficou para trás, resta-me marcar na agenda a outra...em asfalto...
Aquele de sempre...
Pinto, o Infante

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

o filme conseguido na 3ªetapa


Amanhã, dia 3 de Dezembro vamos acabar a ligação de um sonho em que o objectivo era ligar em BTT a cidade de Lisboa à aldeia de Lardosa.
A última Santarém/Abrantes
Pinto Infante