terça-feira, 30 de dezembro de 2014

...o último de 8, com confraternização habitual...

Como vem sendo hábito, todos os anos, e já são 8, é com enorme prazer que recebo na terra que abracei, a capital do feijão frade, um magote de convivas, que juntamente comigo gostam e partilham do prazer da bike, um copinho, e uma bela assadura bem quentinha.
O ingrediente que unicamente interessa para este dia, é o convívio entre a rapaziada.
Estamos a chegar ao fim do ano, e ficou unicamente a pedra no sapato por realizar; O GPS...
Bem, mas falemos um pouco do último 2014. Por valores mais fortes, esteve  em dúvida a realização, mas com calma e paciência as "putas" das pedras que vão aparecendo pelo caminho da minha vida têm graças sei lá a quê sido transpostas duma maneira cruel...mas vão...
...hão-de ir...catano...
Carrega na reportagem do Micaelo btthal:
A bicicleta pode até ser motivo que nos una neste dia, mas sinto que a malta gosta tal como eu apreciar a bela grelhada pelo meio.
Ora a fasquia deste dia, se recordarmos as primeiras aventuras para os lados da Santa Águeda/Marateca, o abastecimento em autonomia era constituído por duas garrafas de jeropiga escondidas algures por ali, e o grupo pioneiro começou com 18 elementos.

Hoje a lista é um pouquinho mais alargada, em virtude do almoço convívio ter o sempre apoio da Junta de Freguesia da Lardosa, com a cedência da Casa do Povo, permite convidar mais malta e se cada um trouxer um amigo/a, todos são bem vindos.
Carrega na foto do Jorge:
Este ano fez-se luz em pensamento;
Desde 2007, os banhos têm sido a preocupação largando asas à imaginação de cantor que cada um tem; Por vezes até os dedos estalavam da temperatura, mas este ano consegui o banho que todos tomassem um banho quentinho antes das queixadas de bacro.
De manhã o São Pedro ralhou, mas em vão. Sob olhar atento das nuvens(não esquecer que é inverno), o sol fazia questão de aparecer e vencer os chuviscos previstos. Nããã...
Ano após ano aparece sempre gente nova, outros não podem ou não querem, mas dia 28 dezembro de 2014 apareceram trinta e tal para este último. Os repetentes a olhar às fotos contam-se se calhar os 18 pioneiros...
Reportagem do Cabaço em cima da foto:
O trilho, entre conhecidos surgiu do meu baú. Quelhas e alguns, poucos para o meu gosto, os meus adoráveis singles introdizi-os logo no início, e já sabia que ia dar galhofa.
Este passeio exige de mim algum cálculo, com o objectivo da toda a malta chegar bem disposta, visto tratar-se de um passeio guiado, com quilometragem a rondar 40 e poucos kms,  um roteiro sem subidas.
Procurei no baú e surgiram sem molhar o pé e na minha opinião, sem subidas.
Alguns contratempos surgiram neste passeio, mas a mestria soube bem colmatá-los fruto dos anos a virar frangos.
Até aos Escalos de Cima sempre a rolar, Lousa, e aqui mais uma vez consegui a surpresa do último.
Na casa do Paulo Rafael, os grelhados habituais em autonomia, com reforço líquido.
Que bela pinga.
Reportagem do Machado em cima da foto:
Neste local, a quem agradeço a excelente colaboração, estava a ver que a inauguração do turismo de habitação era neste último do ano...
Tudo bem satisfeito, regressamos ao mato com coordenadas viradas a Alcains e posteriormente à capital das pasteleiras.
A minha associação referência. O meu amigo Qui Tó, o Duarte, e o Carlos representante assíduo da Junta Freguesia da Lardosa.
O que dizer mais, do último!!!???
Não deixei passar um momento que achei digno de registo, as poucas palavras dedicadas a um pioneiro, amigo e companheiro, que vá-se lá entender isto:
...o último do ano de 2013, foi a última vez que andou de bicicleta...
O João Comunista, que como o Micaelo disse e bem..."esta mesa também já foi dele"...
Mais um passou, agradeço o carinho e amizade que a malta dedica a este simples passeio recheado de companheirismo.
27 de dezembro de 2015, e se os DEUSES permitirem, e as pedras me desaparecerem da frente, cá estaremos...
Bom ano
Aquele de sempre...
Pinto, o Infante

domingo, 21 de dezembro de 2014

...o caramelo do último, mantém-se...

Cheira a caramelo!!!
Cheira a caramelo, fim do ano, neve, frio e Natal...
A menino JESUS...
O caramelo foi nesta sexta feira a essência da palavra.
Como a profissão está em 1º lugar, nesta 5ª feira desportiva levei falta, que justifiquei com serviço.
Assim sendo, a 5ª feira passou para sexta de folga, permitindo efetuar uma voltinha sem andar a olhar para o relógio.
A noite, tinha notado ser fria, e muito com a companhia de geada, mas de manhã estava espalhado pela Beira todo o perfume da época do ano.
Que grande caramelo caiu por aqui!!!
Como o cheiro do último se aproxima, e com tudo confirmado, é tempo vasculhar o baú e começar a juntar alguns becos da zona para desfrutarmos de mais uma voltinha dominical.
Como era notório o caramelo em toda a nossa zona, saí da Lardosa um pouco mais tarde que o habitual.Eram quase 10 da manhã, passava no bairro do tanque, local de início e reparei que o caramelo nesta zona da Lardosa, se transformou em gelo.
Estava frio de inverno, sentia-o, mas aos poucos o sol  aparecia, permitindo desfrutar duma manhã de btt até às duas da tarde muito agradável.
A escolha do trilho para esta 6ªfeira, e da prateleira do baú para 2014 tem que ser cuidadosa, em virtude da surpresa de 2013 no início ser algo desagradável.
Objectivo, não molhar o pé.
Dois dias antes do último de 2013 tinha feito reconhecimento do terreno, naquele dia o que valeu foi a galhofa...
Posto isto, da prateleira de 2014, vai sair sem água, sem subidas, com muitos estradões e com algumas surpresas pelo caminho, assim espero...
O clima este ano por cá, tem permitido que os campos de cultivo sejam fartos de cores caracterizantes de todas as estações do ano.
Quanto aos estradões que os circulam, são também eles embelezados, pois é por aí que dia 28 iremos percorrer alguns kms, com início na Lardosa, e regresso à capital do feijão frade.
Pela manhã dentro o sol e temperatura agradável iam conquistando o frio que a noite trouxe, obrigando-me ainda assim, calçar dois pares de luvas, pois as pontas dos dedos são para mim sempre um tormento.
O terreno está seco, bonito para as canetas registarem aquilo que cada um lhe apetecer.
vamos percorrer quatro terras circundantes à capital do feijão, onde estou a ultimei nesta dia  alguns pormenores que me parecem evitáveis, sendo as subidas e trilhos com pouca água, pois vamos à semelhança dos 7 anos transactos fazer desta voltinha dominical, uma volta de confraternização, não se tratasse de uma volta guiada.
Está quase aí, mais um último, mais um Natal e a propósito de Natal.
...SEM QUALQUER TIPO DE TRAVÃO, DESTA VEZ NEM A SUBIR NEM A DESCER, DESEJO A TODOS/AS UM BOM E SANTO NATAL.
Aquele de sempre...
Pinto, o Infante

domingo, 7 de dezembro de 2014

...na senda da carroça do ti Peralta...

 Na vida, dizem os entendidos, que todos nós temos aquela hora!!!
Ou não!!!
Hora?!
De quê?!
Do dia a dia?!
Duma passagem?!
Porra, mas que vida esta!!!!
De quando em vez, nestes dias em que a bicicleta é a minha companhia, passa-me pela cabeça um sem fim de pensamentos(recordações, memórias que já não voltam e sempre aquela saudade), e acreditem ou não, nesta minha terapia dos dias de bike, vou lembrando, relembrando os passinhos  que dei na companhia DAQUELES que já cá não estão...
Pareço um velho, caduco e antiquado a falar(escrever)...
Nada disso...
Já o escrevi, retratei e vou continuar a fazê-lo.
Quando dou por mim a desfrutar dos trilhos entre Alcains e Póvoa de Rio de Moinhos, sem querer vem-me à memória recordações de família.
Neste dia, o ti Peralta...
45 anos de tasca, dono de um feitio que caracterizo único, um HOMEM de mãos pequenas, mas largas QB.
Dono do meio de transporte da época.
Uma carroça.
De pequenino, "roubaram" me um POUCO do que é o circuito normal da vida, e que fazia a ligação destas duas terras; meu PAI....
Daí, além de já aqui escrever noutro post,  nesta 5ª e 6ª feira fui dar uma das minhas, e da Lardosa saí por terrenos entre do lago natural da Santa Águeda, e dei comigo na Póvoa de Rio de Moinhos.
Em pleno btt, esbarrei num companheiro que desfrutava do seu belíssimo motão, pelo asfalto fora.
O meu amigo Micaelo.
Após uma hora de conversa, é sempre agradável rever malta amiga, um café, e cada um rendido ao prazer deste dia, seguimos destino.
Fui em direcção a Alcains relembrando uma das zonas em que o ti Peralta passava nas visitas à família.
Com o seu meio de transporte, ferramenta de trabalho, companhia do dia  a dia a sua carroça.
Uma das últimas tapadas dos seus pertences.
As alminhas.
Tapada esta que era passagem obrigatória para quem vinha de Alcains. Hoje, resta apenas a memória de que conheceu bem este caminho, que hoje apelidamos de trilho para as bikes; Caminho este que tantas vezes fiz em cima da carroça na companhia do ti Peralta e na companhia doutro que já cá não está.
O meu irmão.
Jazem casinhas de ferramentas para a lavoura, as tais carroças, e apenas o sítios castigados por silvados que os invadem!!!

Marcas e sinais que marcaram uma época, e que para esta quinta e sexta escolhi para ir por aí...
Km após km na companhia de uma magnífica manhã em que o castanho é a cor predominante que caracteriza os campos e outono, cheguei a Alcains.
Estava a ser uma volta muito agradável, mas em virtude da conversata, olhei para o relógio, e os ponteiros já se aproximavam da uma da tarde...
Optei pelo caminho mais curto, visto ter compromissos familiares.
O dia era convidativo para chegar a ser um daqueles de mochila às costas, mas....
Passou de 5ª feira para 6ª esta voltinha, em consequência dum furo. 6ª feira concretizou-se mais uma volta, cheia de saudades, mas como sempre revi o baú de trilhos, caminhos ou memórias que por ali tenho.
O ti Peralta, era para os amigos, mas aquele HOMEM da Póvoa de Rio de Moinhos era o meu avô Materno que abraçava os dois netos que com ele,com  a carroça e a sua mula percorríamos os caminhos que por alí rezam história...
Aquele de sempre, sem travões...
Pinto, o Infante

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

...um empeno à antiga...

3ª feira desta semana, saciei a minha vontade de pedalar bem à moda antiga.
A companhia, a do costume; Eu e a minha bicicleta por aí, por onde quiséssemos. Desta vez, não foi bem assim. Foi orientado pelo pequeno aparelho que nos vai dando coordenadas. O GPS.
Comecei com estas andanças, e paixões com os meus amigos e colegas de Portalegre, indo nas folgas pelos montes alentejanos, servindo estes dias para terapia mental.
Muito bom.
Por motivos ora profissionais, ora por mandrionice, de há alguns tempos para cá as bicicletas penduradas aclamam a minha presença, mas tem sido uma chamada em vão!!!
Decidido, programei sem o respectivo calo de cú uma volta que conciliasse paixão, prazer e relembrar os meus companheiros alentejanos. 3 sandes xxl na mochila, programei feito principiante uma volta até Almaceda por mato(nem imaginava onde me iria meter...)
Pelas 07H3o´tudo a ser preparado, mas EL REI DOM SEBASTIÃO, sob as brumas e nevoeiro faziam a sua aparição. Vou ou não vou?!
Eis a questão???!!!
Sem ver palmo à frente do nariz decidi teimosamente arrancar para uma epopeia de aventuras.
Era 8 e pouco sentido Almaceda na serra virada ao Ingarnal, ou infernal.
Através de um nevoeiro muito intenso, fui cuidadosamente até à Santa Águeda. Como não era dia de cacinha, nos campos campos ecoava o chilrear dos passarinhos, alguns companheiros ao longo deste dia. Pensativo e algo apreensivo se seria a melhor altura para desfrutar deste itinerário, cheguei à barragem do Pisco em São Vicente da Beira, onde os raios de sol permitiam tirar o impermeável que me acompanhava.
Passei pela casa soberbamente recuperada do Drº Serafana, e neste bonito local comi e bebi sob um silêncio e paisagem magnífica, onde o pano de fundo é o lago e monte da Gardunha. Até aqui, os trilho eram do antecedente conhecidos. Daqui para a frente, só as coordenadas do GPS ditavam a orientação até Almaceda.
Nunca dantes tinha percorrido estas zonas de pinhal acompanhadas de eucaliptos até perder de vista. Vislumbrava ao fundo, juntamente com os sobe e desce as antenas de Paradanta e Ingarnal, circuito já feito em tempos com os meus colegas do Juncal.
Para esta 3ª feira a ideia era subir um pouco, evitando os lamaçais dos terrenos. Paguei isto bem caro.
Serra, sobe e desce e corta fogos, em que um teve que ser subido à mão. Problemas e preocupações com a transmissão, pois os roletes do desviador também eles a acusar desgaste, faziam com que as mudanças saltassem constantemente.
Os Pereiros, circulei-os em trilhos abundantes de história pelos caminhos rurais, onde aqui e acolá alguns jovens de idade a rondar as setenta e tais primaveras colhiam a azeitona das oliveiras.
Cuidadosamente, chegava Mourelo. Olhar atento a estas aldeias, onde jazem vivendas construídas com um propósito que provavelmente nunca será concretizado. O regresso dos emigrantes, se calhar não passou de palavras de futuro.
Horrível estes sinais de desertificação.
Vivendas, tasquinhas, terrenos, escolas primárias viradas a associações de caça/pesca, campos de futebol onde tanta e tanta vez se jogou solteiros casados...
O regresso, esse fica para quem o poder observar...
Do Violeiro e Tripeiro, só o vento ecoava no meu capacete...
A entrada em Almaceda, objectivo proposto para este dia, foi deslumbrante por quelhas e travessas de passeios de BTT. Muito bonita esta aldeia.
Uma foto de grupo, acompanhada de um pouco de água, porque a intenção era beber um café, mas àquela hora do dia estava tudo encerrado.
Próximo trilho, em terrenos já conhecidos, faziam a ligação a Barbaído, Martim Branco.
O xisto e o barro caracterizam esta zona muito natural da beira. Sempre em paralelo e com o ruído da abundante água que serpenteia a ribeira, o monte do Frederico chegava.
Barbaido. Não circulava por estes trilhos penso desde que levei a malta da "ROTA DOS LAGARTOS" orientado por GPS em ano 2012. Um lugarejo rodeado de xisto, e que fiz questão de ir ao encontro da tasquinha dos branquinhos carinhosamente servidos por quem já cá não está. O Ti Bem Vindo...
Tasquinha, tasquinha só ficou o sitio que quem como eu conheceu e fizeram história os branquinhos a €0,10 cêntimos. tudo fechado!!!
Fui-me embora triste.
Vale Sando,  já cansado e acusar o esforço feito do sobe e desce inicial, com a agravante de não andar há muito tempo, rezei uma avé Maria até rainha Santa Isabel.
Tinalhas, e até casa foi a arrastar-me no asfalto. Tudo doía, tudo dava guerra.
Eram cerca das duas da tarde, quando a albufeira da Santa Águeda abraçava o meu regresso.
Carrega em cima para veres fotos:
Chegava finalmente ao conforto do lar, onde me esperava o sofá.
Uma volta à antiga, cheia de saudades um pouco por todas as razões, mas devia ter optado por uma volta mais plana, para evitar o empeno que levei,...
Venha de lá outra aventura de mochila às costas, pois o último do ano está por aí...
Aquele de sempre, sem os travões habituais...
Pinto Infante

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A pedido do meu amigo Sarugo, e como simpatizante do clube da minha terra Natal, o clube desportivo de Alcains, aí  vai um desafio para os amantes da corrida.
Participem.
Pinto Infante

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

...éramos 6, em dia 6, numa 5ªdesportiva...

Curiosamente, dia 6 demos com 6 a pedalar  em 5ª feira desportivamente engraçada.
O Araújo, o Nuno, o Pinto, o Nunes,o Pires e o veterano Antunes.
Já há alguns tempos não juntávamos tantos elementos do serviço(por razões de serviço), em que a
cinco juntámos mais o Nuno companheiro da ida à velinha deste ano, e assim completámos o grupo de 6, em dia 6 de novembro.
De manhã, o "ralho" do costume.
Onde vamos?!
Ah e tal...
Bem o que se tinha pensado, era uma volta que desse por aí mais ou menos meia centena.
Uma certeza. Saída e chegada a Castelo Branco, com horário a rondar o meio dia.
Saímos então de Castelo Branco com limites a São Miguel de Acha.
Com o intuito de evitar trânsito alguém sugeriu e bem saída pela Sr.ª de Mércules, e pista de aviação até alcançarmos o cruzamento para os Escalos de Baixo.
Não fazia a mínima ideia da quilometragem até à pista de aviação; 13 kms foi a distância percorrida; Engana!!!
Escalos  de Baixo, e se o tempo permitisse, o limite seria São Miguel de Acha. Longe de mais para se cumprir tal objectivo.
Escalos de Cima, e no alto da Lousa virámos para a Lardosa, terra onde aproveitámos para beber um café e comer a minha sandoxa daquelas que eu gosto.
Santa Águeda(Marateca) e sob a beleza natural desta albufeira subimos às Tinalhas.
Nas Tinalhas, propriamente na terra do TNT(ainda não foi desta que fui...), o Pires brindou a malta na sua casa com uma jeropiga muito gulosa...
Seria melhor ficarmos por ali, mas até à capital da beira baixa ainda tínhamos uns quilómetros pela frente, sendo passagem de Freixal do Campo, e Juncal e pela estrada de Caféde, Castelo Branco.
Pelas 12H20 chegamos, 6 companheiros, dia 6 numa  5ª .
Bela volta.
Sem travões...
Aquele de sempre....
Pinto, o Infante

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

...o GPS, o pó, a lama, o cheiro, enfim as saudades...

Provavelmente, alguns dos leitores do meu "facebook"(entenda-se este meu espaço), não tiveram o privilégio de conhecer ou andar numa carripana destas!!!
Uma Peugeot 403 de chapa de ferro de 0,04 mm.
Um sonho...
São estes registos que vou colocando no meu baú e aos poucos vou sentindo o seu recheio, manifestando aquilo a que se chama, idade...
Ainda bem que o ser humano vai registando as memórias, relembra-as mas inconscientemente também as vai apagando, permitindo assim esquecer as primaveras que cada um regista...
Neste meu regresso às lides de btt, naqueles dias em que agarrei na mochila, e enquanto houve patinhas fui por aí fazer uma das minhas terapias mais adoráveis.
O btt.
Só circular na companhia da bicicleta, sandocha bem composta(neste dia uma de queijo de ovelha), e também o som que não sei descrever da natureza outra das minhas paixões, são motivos adoráveis que me levam a solo ou acompanhado justificar esta paixão pela bicicleta e natureza.
Quem diria que o dito verão de São Martinho bafejava a malta com temperaturas acima dum agosto encolhido!?
Nem me lembrava do dia em que o GPS serviu de minha companhia!!!
Nem me lembrava de agarrar na minha companheira e ir por aí!!!
Que saudades tinha do cheiro do campo, do cheiro a  pó, do cheiro da merda das ovelhas e ora aqui ora acolá relembrar pastores, ou proprietários de terrenos que bem gosto de falar e por vezes até um copinho bebemos para conversar um pouco.
É bom para eles, e a mim sabe-me bem...
Que saudades...
Na última 5ª feira, foi um desses dias.

Saí de casa com o objectivo de andar por aí, com a mochila do veiculo lento às costas indo testar qual a capacidade do meu estado físico, e desfrutar de saudades...
Muito bom. Aproveitando a temperatura digna de verão escolhi uns trilhos voltados a Sul das Tinalhas, Vale Santo e Sobral do Campo.
A barragem de Santa Águeda é um dos pontos altos em qualquer altura do ano. Caça e fauna, permitem regalar a vista enquanto se desfruta da quilometragem. Pelo Sobral do Campo invadi solo onde predomina o xisto. Ninho e as Tinalhas pó com fartura até Póvoa de Rio de Moinhos.
Com horário agradável, desci até às rabaças local exuberante e neste dia, o mais caracterizante para a estação do ano em que nos encontramos.
O outono.
Na travessia, perto das fontes é possível observar o folhedo e colorido acastanhado desta altura do ano.
Alcains, e até à Lardosa foi na senda das pasteleiras 2014.
Concluí uns quilómetros a rondar as 3 vintenas, manhã recheada de saudades, mas vou tentar dar continuidade a estas pedaladas que tanto ansiava.
Aquele de sempre, sem travões ....a subir claro....
Pinto, o Infante

domingo, 19 de outubro de 2014

...o 247 esteve na raia, mesmo com chuva no asfalto...

Como não podia faltar, mais um ano, mais um registo no livro de atas dos trilhos nas belíssimas paisagens rainas.
Tinha-me inscrito em julho, pois a qualidade demonstrada pela malta da A.C.I.N. tem trazido para a Idanha a Nova gentes oriundas de todo o território, e sem nos darmos conta na sua X edição mais uma vez esgotaram as inscrições antes do seu términus.
850 participantes encheram a Idanha de cor e alegria.
Um senão. A chuva.
Conseguiu inquietar esta malta, que tanto trabalho tem debitado nestas organizações ao longo de 10 anos!!!
Inicialmente tinha-me inscrito no livro de atas no km 95, mas como a sorna tem sido enorme, e as pasteleiras contribuíram para isso, solicitei alteração para o km 50.
O São Pedro tem desde 2006 sido amigo da rapaziada, contribuindo para que esta maratona seja bafejada por um dia de sol e pó para quem aparece.
No dia 12, quando cheguei à Idanha, tirei a bicicleta da carrinha, mas rapidamente a meti novamente na carrinha...
Eram 08H40 os céus da Idanha ditavam o que ninguém queria que acontecesse. Tanta chuva!!!
Nã...pensei...
Nem sequer arranco.
Pensei em ficar por ali, percorrendo de carro as terras raianas por onde o trilho iria passar, vendo a malta passar.
Era notória a tristeza e preocupação da organização...
Um ano de trabalho, para as coisas perderem um pouco a graça.
Às 08H55´a chuva dissipava-se, dando lugar a uns raios de sol. Foi para mim motivo suficiente para tirar a minha montada da carrinha, e no paddock  colocar-me em último a sair...Nunca tinha saido em último.
Vai lá molhar o fatinho sff...
Alguma vez tinha que ser a 1ª vez...
Tinha que aos poucos gerir o esforço e cansaço, pois esperava um terreno pesado, com a agravante de todos os companheiros deixarem ainda mais pesados os trilhos depois da sua passagem.
Já passava das 09H05 quando a minha roda começou a rolar sob as calçadas de Idanha a Nova.
Cuidadoso, fui ao meu jeito ultrapassando os que podia.
Muita, mas muita gente participou, e este ano as coordenadas de abastecimento foram Medelim. Pacífico.
De Medelim até Idanha, as coisa complicaram-se terrivelmente. Aqui já não havia possibilidade de regresso. Era aguentar, e "MAI"nada...
Cheguei  à Idanha com frio, mormente a subida da barragem até lá cima, que serviu para aquecer até à chegada, mas com tanta chuva pelo caminho, o fato vinha bem molhadinho.
Banho e pelas 13H30 o reco contrastante com a minha temperatura foi saboreado até ao pormenor...
Soube-me mesmo bem acompanhado dum tintinho.
Regressei a casa, contente por ter participado e marcado presença em mais uma edição de malta vizinha, desfrutando das sempre elegantes paisagens que a raia propõe.
Pena a chuva, mas ainda assim, venha de lá 2015.
A.C.I.N. continua a valer a pena.
No entanto e depois da esfrega da raia, esta 6ª feira a folga permitiu agarrar na minha fininha e fazer uns quilómetros na volta que considero a volta saloia.
Lardosa/Santa Águeda, Marateca/Póvoa/Alcains/Escalos de Cima/Alto da Lousa e Lardosa, ou vice versa.
Uma volta que espero marcar o regresso a sério às minhas voltas, pois a sorna tem ganho as batalhas.
Numa época que já é notório as cores de outono, mas com temperaturas agradáveis, os campos em consequência da chuva/sol começam  a irradiar uma beleza que particularmente admiro.
Trinta kms para a 1ª a seguir à raia, e depois do traseiro ainda tresandar a couro do assento das pasteleiras.
Boa volta, agradável temperatura e que venham muitas destas, com maiores quilometragens.
Falando ainda de pasteleiras, deixo as fotos do José Lucas
Carrega na foto e vê pasteleiras do Lucas:
E como falo de pasteleiras, resta-me agradecer ao dono dos terrenos por onde a caravana passou em Alcains, porque a segurança a isso obrigou com tamanho pelotão sem a autorização do Balaia não seria possível transpor esta barreira.
Ao São Pedro, já o disse aqui algures, ser o padroeiro da feira.
Calhamos bem.
...a subir, é para tirar as mãos do travão...
Aquele de sempre...
Pinto, o Infante