segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

...o empeno do GEOTOUR 2018...


A malta do BTTGardunha  conseguiu reforçar mais uma vez, o bom nome do Fundão no calendário Nacional.
Seja através das cerejas, chocalhos, míscaros, e de há uns anos para cá, consegue trazer para a cidade do Fundão rapaziada oriunda um pouco de todo o País e mesmo de fora dos Tugas.
É um passeio/prova, que visa desafiar as capacidades de cada um, seja a solo ou acompanhado de amigos ou colegas de equipa.
No que me diz respeito, adoro andar por aí de mochila às costas, a minha grossa, e guiado pelo aparelho, aí vamos nós.
É a 3ª vez que faço parte deste evento.
Tenho decidido participar num só dia, por achar muito pesado duas doses.
A opção de 2018, apesar de saber o grau de dificuldade do itinerário, recaiu no domingo, em virtude de não conhecer a ligação entre a Pampilhosa da Serra e Fundão...
Coisa horrível me esperava.
38 Kms a subir, foi o petit déjeneur que tivemos que fazer pela manhã.

Neste passeio, todas as palavras são de uma dimensão pequena para descrever a tamanha beleza dos trilhos, apesar deste ano carregar pouco no botão da digital, pois tinha como objectivo, pedalar.
Sabia que ia encontrar malta conhecida; Mas não imaginava ter o prazer de circular uns bons quilómetros na companhia do João Dias e do Pedro Badocha(a quem agradeço), dois Alcainenses de gema. O Adelino vinha mais atrás juntamente com o Pequito.
A passagem pela bonita mas vazia albufeira de Santa Luzia constituiu um dos pontos altos do dia.
Não sei porquê, mas os lugarejos, aldeias ou vilas que se encaixam nos vales das serras, fazem-me recordar sempre presépios. Numa altitude considerável, olhar para a paisagem, é muito bonito, mas este ano, o que mais caracteriza estes nenhures, são mesmo as cores do inferno...
O fogo destruiu os pertences daquelas gentes...
Praçais, Cabril, e até Unhais o Velho, poupei para ali travões que foi um disparate...
Só após os 40 kms, as coisas começaram a ficar mais "calmas", pois começávamos finalmente a dar algum descanso às pernas.
As vistas, essas eram de uma plenitude assombrosa; A Cova da beira virada a Norte, até ao monte da Serra da Estrela era imensa; Brutal...
O cansaço, com a idade tem-se manifestado de uma forma esquisita nos pulsos e braços.
Avistávamos São Jorge da Beira, e logo a seguir São Francisco de Assis, que nos recebia após uma descida tanto perigosa como vertiginosa.
Os meus adorados singles começavam aos poucos a aparecer.
Aqui senti outra grande alteração de natureza humana.
Começo a sentir algum desconforto nos singles mais técnicos; Por pouco não risquei os "cromados" num dos singles...Primaveras???!!!
Um vento chato, aborrecido e desagradável decidiu aparecer, quando o cansaço já se manifestava. Numa terra chamada Ourondo havia bolas de Berlin.
Aproveitei juntamente com os companheiros para pararmos e recuperar um pouco.
O trilho aqui já mais favorável a nível de acumulado, ainda assim não deixava de ser a subir até ao Fundão, com a contrariedade de frente...
Perto do Barco, descolei dos meus companheiros, e agora à mercê do resto que faltava para a meta.
Nesta povoação, desorientei-me umas quantas vezes. A variedade de caminhos paralelos é o que dá...

Entre asfalto e bom rolar(o possível), cheguei ao Fundão após 6H50´ a circular.
Carrega na foto:
https://photos.app.goo.gl/9u9zC9TBUxlb9SRB3
Cansado, sendo pulsos e braços, as partes que mais me atrapalhavam.
Objectivo alcançado, sentimento de um dia muito bem passado, convicto de que a escolha de um dia, é sempre melhor para mim, e neste ano de 2018 provavelmente fiz a escolha do dia mais doloroso.
Um percurso delineado à semelhança da organização, a quem assim dou os parabéns por colocarem a Beira, cá bem no interior no calendário das duas rodas.
Quanto a mim, tanto que gosto, de singles, aos poucos começo a encará-los de forma diferente.
Não posso terminar este post, sem agradecer a disponibilidade do meu amigo Faia, que se deslocou de Silvares para me deixar na Pampilhosa da Serra; Bem haja.
Um dia destes antes de maio, talvez vá desfrutar do dia1º de 2018.
Aquele de sempre,,,,sem travões,,,,a subir claro...
Pinto, o Infante

1 comentário:

Jorge Leão disse...

Escolheste mesmo o dia mais duro!
O sabado já deves conhecer, mas achei bem mais bonito. Aqueles singles junto ao Zêzere são qualquer coisa especial. E entao os 6km finais de singles a chegar á Pampilhosa.... ui, só visto!

Passei por tí no inicio e nunca mais te vi... hehehe

Abraço