segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

...do 17 ao 42...

Escolhi para hoje algo que acompanha qualquer ser humano.
os tempos vão passando(a idade) mas as recordações, essas vão-nos ficando na memória
...do 17 ao 42!!!
Entendi o titulo deste post assim, em virtude da voltinha deste sábado passado.
Com os campos a jorrar a farta mas ainda insuficiente água que tem caido para as encher barragens e poços, acordei com o sol misturado com nuvens, mas se houvesse vontade, ia dar uma voltinha por aí.
Foi o que decidi.
Pelas 9 e pouco saí de casa na Lardosa, e sem destino traçado fui andando na planicie da Beira até Alcains.
Talvez já calçasse o 22 de pé, quando o teto escolhido pelos meus progenitores,  fosse o lugar para hoje até lá dar uma volta. Por trilhos de recordação, dei comigo na estação de caminho de ferro. Aqui revoltei o  possivel dos trilhos do tamanho  trinta e tal...
Pois com este tamanho, alguns amigos residiam nas casa, sei lá de vereneio talvez duma fábrica da altura.
A Sicel. Fábrica de rações, que empregava os progenitores dos meus colegas de tamanho trinta e tal...
Consegui chegar a Alcains por um trilho, do baú, e que recordações deste!!!
Aqui recordei as cansativas e aborrecidas corridas que faziamos para calçar umas chuteiras e darmos uns pontapés com o tamanho a rondar o 40, numa bola de "cátchú"
A equipa dos canarinhos"Clube desportivo de Alcains".
E como se não bastasse, naquela altura e ainda hoje tinhamos o "Tchana" o massagista dos "Canarinos"
Alcains chegava naturalmente..
Depois, bem depois o cafézito teve que ser em sitio que manifestamente está bem diferente.
O largo de Santo António.
 Esse largo que toda a malta de Alcains conhece, e identifica como  referência a quem anda perdido.
Festas de Santo António, provas de perícia, torneios de malha, festas etc...
Tomei café no "quiosque" do GIGI, em que até neste dia tive o prazer de ser servido por uma Sr.ª do meu ano.
Como o tempo passa!!!
E agora por onde faço o regresso!?
Decidi abrir o livro de mais memórias, onde calhoada, pedrada, banhos, bicicleta, a pé, e muitos 1ºs de Maio nesta ribeira se fizeram, e se continuam a fazer.
A ribeira das Rabaças.
Os de Caféde, sempre reclamaram serem os donos.
Nós Alcainenses diziamos que não. A ribeira é de Alcains, e acabou a conversa.
Ainda estive tentado neste sábado efetuar a descida a seguir à "fartancha" pelos mesmos trilhos e caminhos que se faziam na altura, com o tamanho quase 40, mas com receio de não passar fiz por aquele que antigamente se efetuavam corridas até às "Rabaças"

Era aqui mesmo, talvez já com o tamanho 40, onde as piscinas(só a de Castelo Branco e de Alpedrinha) davam lugar a este mágnifico espaço.
Tudo se fazia aqui.
Pesca, porrada(na brincadeira claro), confraternização, corridas, e aqueles banhos e mergulhos onde sempre achei que a sorte e a mão de Deus estavam sempre presentes. Tanta vez se mergulhou sem bater com a cabeça num calhau!!!Sorte!!!
Na memória guardo presente estas recordações...
Assim sendo, a volta tinha obrigatóriamente que passar pela Póvoa de Rio de Moinhos.
Fiz questão de entrar por uma das tapadas dos meus avós.
Com uma mula, companheira de trabalho para a lavoura,  e transporte fazia diáriamente este trajeto, onde a uma das companhia era a minha(tamanho 30 talvez).
Passei pela fonte, quelhas, onde recordei os carrinhos de 2 rodas, que tanta vez serviram de brincadeiras nesta pacata aldeia...
A barragem de Santa Águeda, fica a 5 kms da Póvoa de Rio de Moinhos. Mais uma guerra, e esta ainda hoje perdura.
Os da Póvoa chama-lhe, barragem de Santa Águeda, os da Lardosa barragem da Marateca.
E agora!!!???
Certo, é que com tamanhos quase 40 tive o prazer de circular nestes caminhos que a água apagou até à "aparição" da Marateca ou Santa Águeda.
Todos os anos, e sem o rei "Gaspar" era ver os pára-quedistas e força aérea Portuguesa que faziam as maravilhas das gentes que visitavam esta capelinha e sua ermida.
Nossa Sr.ª de Santa Águeda.
Cá em baixo, e na companhia cada um dos SEUS, estes pára-quedistas desfrutavam da bucha confecionada com amor e carinho para este dia de festa...
Tudo o tempo apaga, mas as memórias não...
Cheguei à Lardosa, com o tamanho 42 calçados, reparei que os anos passam, e só as memórias ficam para registarmos grandes dias e noites que passaram pelos trilhos do baú deste sábado...
Memórias são coisas que não faltam nesta aldeia da Lardosa, pois o tamanho do pé, já deram lugar a 2 de tamanho 17, e qualquer dia, falam também eles se quiserem daquele que já calçou o 17...


Pois é, e se tenho o 42 calçado, é com este tamanho que deixo e endereço aqui aos leitores/as do meu cantinho, um SANTO E FELIZ NATAL...
E em tom de relembrar as pasteleiras, aqui vos deixo uma mágnífica reportagem que o meu amigo Anibal Sequeira me enviou para o Email. Aquele de sempre...
Pinto, o Infante

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