Como não podia faltar, mais um ano, mais um registo no livro de atas dos trilhos nas belíssimas paisagens rainas.
Tinha-me inscrito em julho, pois a qualidade demonstrada pela malta da A.C.I.N. tem trazido para a Idanha a Nova gentes oriundas de todo o território, e sem nos darmos conta na sua X edição mais uma vez esgotaram as inscrições antes do seu términus.
850 participantes encheram a Idanha de cor e alegria.
Um senão. A chuva.
Conseguiu inquietar esta malta, que tanto trabalho tem debitado nestas organizações ao longo de 10 anos!!!
Inicialmente tinha-me inscrito no livro de atas no km 95, mas como a sorna tem sido enorme, e as pasteleiras contribuíram para isso, solicitei alteração para o km 50.
O São Pedro tem desde 2006 sido amigo da rapaziada, contribuindo para que esta maratona seja bafejada por um dia de sol e pó para quem aparece.
No dia 12, quando cheguei à Idanha, tirei a bicicleta da carrinha, mas rapidamente a meti novamente na carrinha...
Eram 08H40 os céus da Idanha ditavam o que ninguém queria que acontecesse. Tanta chuva!!!
Nã...pensei...
Nem sequer arranco.
Pensei em ficar por ali, percorrendo de carro as terras raianas por onde o trilho iria passar, vendo a malta passar.
Era notória a tristeza e preocupação da organização...
Um ano de trabalho, para as coisas perderem um pouco a graça.
Às 08H55´a chuva dissipava-se, dando lugar a uns raios de sol. Foi para mim motivo suficiente para tirar a minha montada da carrinha, e no paddock colocar-me em último a sair...Nunca tinha saido em último.
Vai lá molhar o fatinho sff...
Alguma vez tinha que ser a 1ª vez...
Tinha que aos poucos gerir o esforço e cansaço, pois esperava um terreno pesado, com a agravante de todos os companheiros deixarem ainda mais pesados os trilhos depois da sua passagem.
Já passava das 09H05 quando a minha roda começou a rolar sob as calçadas de Idanha a Nova.
Cuidadoso, fui ao meu jeito ultrapassando os que podia.
Muita, mas muita gente participou, e este ano as coordenadas de abastecimento foram Medelim. Pacífico.
De Medelim até Idanha, as coisa complicaram-se terrivelmente. Aqui já não havia possibilidade de regresso. Era aguentar, e "MAI"nada...
Cheguei à Idanha com frio, mormente a subida da barragem até lá cima, que serviu para aquecer até à chegada, mas com tanta chuva pelo caminho, o fato vinha bem molhadinho.
Banho e pelas 13H30 o reco contrastante com a minha temperatura foi saboreado até ao pormenor...
Soube-me mesmo bem acompanhado dum tintinho.
Regressei a casa, contente por ter participado e marcado presença em mais uma edição de malta vizinha, desfrutando das sempre elegantes paisagens que a raia propõe.
Pena a chuva, mas ainda assim, venha de lá 2015.
A.C.I.N. continua a valer a pena.
No entanto e depois da esfrega da raia, esta 6ª feira a folga permitiu agarrar na minha fininha e fazer uns quilómetros na volta que considero a volta saloia.
Lardosa/Santa Águeda, Marateca/Póvoa/Alcains/Escalos de Cima/Alto da Lousa e Lardosa, ou vice versa.
Uma volta que espero marcar o regresso a sério às minhas voltas, pois a sorna tem ganho as batalhas.
Numa época que já é notório as cores de outono, mas com temperaturas agradáveis, os campos em consequência da chuva/sol começam a irradiar uma beleza que particularmente admiro.
Trinta kms para a 1ª a seguir à raia, e depois do traseiro ainda tresandar a couro do assento das pasteleiras.
Boa volta, agradável temperatura e que venham muitas destas, com maiores quilometragens.
Falando ainda de pasteleiras, deixo as fotos do José Lucas
Carrega na foto e vê pasteleiras do Lucas:
E como falo de pasteleiras, resta-me agradecer ao dono dos terrenos por onde a caravana passou em Alcains, porque a segurança a isso obrigou com tamanho pelotão sem a autorização do Balaia não seria possível transpor esta barreira.
Ao São Pedro, já o disse aqui algures, ser o padroeiro da feira.
Calhamos bem.
...a subir, é para tirar as mãos do travão...
Aquele de sempre...
Pinto, o Infante
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