domingo, 12 de dezembro de 2010

...o preço dos buraquinhos...

A convite do meu amigo Zé Luís, comparsa da Lardosa,  participei num Domingo diferente com gentes e rapaziada bem conhecidas, excepção seja feita ao Martim, que dos lados da Amadora trouxe as suas montadas para a Beira por motivos profissionais e juntando-se à malta desfruta também ele amante desta modalidade,  bons momentos de fim de semana.
Então foi assim:
O Zé Luís tinha em mente juntar meia dúzia de amigos para efectuar a "volta da chouriça". Foi então que ao convidar-me lhe sugeri,  caso a malta aceitasse íamos ver uma ligação que me falta para o tradicional  último Domingo do ano. Assim foi...
Com concentração marcada para as 9 da manhã, e com um grupo "homogéneo", junto ao adro da igreja executámos a saída pelo lado Norte da Lardosa. Trilhos do baú para nos dirigirmos até ao Vale da Torre. Durante singles dava para perceber que nas partes mais baixas dos terrenos, iríamos ter alguns problemas de progressão, mas tudo bem até aqui.
A recordar, da esquerda para a direita:
Calhabaças ,Martim, Pinto Infante, Zé Luís, Badocha e Vasco.
Zebras, seria a próxima terra que nos via passar. Ao chegarmos ao açude daquela localidade, que para mim tem uma paisagem muito bonita, 1º problema do dia; em virtude das fortes e abundantes chuvas que têm caído, as pontes foram levadas pela corrente.
Voltamos para trás e com calma apanhámos o caminho que nos levou à ponte da entrada das Zebras fazendo assim a ligação ao poleirinho local. Com coordenadas orientadas para S. Miguel de Acha, foi ir de encontro à minha única dúvida do dia!!!


A passagem de madeira sobre a ribeira de Alpreade, perto da Fonte Santa, tinha algumas dúvidas se lá estaria mais uma vez por causa das chuvas. Ainda as esclareci com dois caçadores que se cruzaram connosco no caminho, e que confirmaram que a ponte estava lá. Contente fiquei porque o resto do trilho já o tinha feito há alguns anos atrás.
Circulando, e ao chegarmos a esta ribeira, foi desilusão total...Nem ponte, e a ribeira tinha uma levada de água que nem de batelão passávamos. O caminho a escassos metros do lado de lá....caramba...o Zé Luís ainda disse em tom de alegre:
- "Pinto, deixa lá isso, que hoje não viemos cá para andar de bicicleta"...
Depararmo-nos com isto e por causa das águas não conseguirmos prosseguir foi coisa que me deixou bem triste... 
Bem, para alegrar a malta, o Zé começa a tirar do saco a Chouriça da tal volta. Bem, chouriça não. O rapaz programou para hoje o seguinte buffet:
Ementa:
Painho de porco preto, chouriça para assar, azeitonas, morcela, pão(sugiro a visualização do 1º filme, pois o Vasco faz as honras da casa destas iguarias), tudo na mochila. Que bela surpresa..
O Martim levou o tinto, e eu para adoçar a boca à rapaziada levei o bolo Rei para sobremesa, ficando a fogueira a cargo do Badocha e do Calhabaças.
Um verdadeiro pitéu no meio do mato...
Bem aconchegados, seguimos com volta atrás, encurtando caminho por umas fitas penduradas nas árvores. Outro erro. Com ela às costas chegando mesmo a ser desagradável confesso, demos com um trilho que já nos trouxe ao longo de Alpreade, mas sempre encurralados quer por esta ribeira, quer pela ribeira do Taveiró. Fonte Santa, sempre a tentar ligação à Lardosa
sem molhar o pé...muito complicado.Há 7 anos que ando nestas andanças e nunca como hoje!!!

Andar sempre a tentar avistar uma passagem para a outra margem...
Acreditem, que desde a Lardosa, não conseguimos avistar uma passagem melhor do que na quinta da Várzea, bem perto da ponte de S.Gens. Mesmo assim, a água foi pela cintura. Aqui, tínhamos mesmo que atravessar, pois não havia alternativa. Irra...
A nossa preocupação era agora mesmo o Zé Luís, pois nadar não é nada com ele...a corrente essa era muito forte, mas numa largura menos complicada lá conseguimos fazer a travessia para a quinta da Várzea, com água até aos "tutelos".

Depois, foi tempo de nos fazermos à estrada, e por este caminho regressarmos à Lardosa, algo desmotivados, mas ao mesmo tempo contentes, pois o grupo encarou esta procura de buraquinho como uma volta diferente e com alegria.  
Visto a 2ª parte do abastecimento ainda se encontrar nas mochilas, o Zé sugeriu à lareira de sua casa acabarmos o pitéu, desta vez em sítio mais aconchegado.
Assim fizemos, na companhia que arrancámos, e mais uma, o sempre saboroso lume, acabámos a volta da chouriça.
Nesta volta deste Domingo 12 de Dezembro, agradeço o convite do Zé Luis que a troco de amizade juntou meia dúzia de amigos para uma manhã algo diferente. Agradeço ainda ao resto da rapaziada a companhia que me fizeram, pois foi para mim uma volta com prazer desfrutar estes trilhos na vossa companhia.
Não sei porquê, mas até as fotos de hoje ficaram algo esquisitas.
Quanto à não concretização do trilho proposto, peço desculpa mas estas surpresas por vezes acontecem a quem tenta desfrutar ao máximo de trilhos/bredas/singles/caminhos sempre novos e que com prazer os partilha. 
Para quando a próxima Zé???!!!
Lardosa, 12 de Dezembro de 2010
Já agora, parabéns à armada da Beira por mais um feito-Tróia/Sagres.
Pinto, o Infante

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