domingo, 14 de novembro de 2010

...do Juncal, a amizade que vem de longe...

Juncal, 14 de Novembro de 2010.
É com pequenos gestos que a amizade entre as pessoas vai ficando, durando e sem mais nem menos, há sempre um certo dia em que nos lembramos deste ou daquele. Pelo menos comigo, a coisa funciona assim. Ah e tal hoje lembrei-me deste; amanhã lembrei-me do outro; e aos poucos nos apercebemos que há sempre um lugar por que nos considera. O Carlos e o Rogério, ambos do Juncal, fazem parte desta minha pequena e curta introdução do post de hoje. Amigos com quem falo pouco durante o ano, mas nas alturas de confraternizar lá estamos nós. Então como é?! Que tal dia X irmos dar uma voltinha...e o casqueiro!? e o último?! Bem, espero que durante muitos anos perdure esta nossa amizade.
Desde há 15 dias o meu amigo Carlos me incluiu então neste número 13, para que dia 14 de Novembro fôssemos em busca de mais um Domingo Bttista, e na companhia de mais uns quantos convivas desta modalidade, e para os lados do Juncal, terra Natal desta rapaziada invadirmos a tal Natureza.
..."já minganarim, pensei eu no fim"...vamos por partes.
Então vamos lá:
A aventura, seria darmos uma volta incluindo uma almoçarada, por ali. A noite de véspera foi agreste e violenta quanto a chuva e vento, mas ninguém adivinharia a soberba manhã/tarde de BTT que nos esperava. A saída essa teve que ser retardada, mas às 9 da manhã tudo a postos para darmos início à coisa. Juncal, no campo de futebol foi a concentração. 13, rico número. 13 amantes arrancaram em direcção ao Barbaído para apanharmos mais 3. Barbaido com 16, e com terreno a chorar a chuva que caira de noite, aos poucos nos dirigiamos a Martim Branco com passagem ao lado de Chã da Vã.
-Atã, diria eu?!
-Mas para onde levas a malta, Carlos?!
-Pinto, a seguir  a Almaceda estás a ver aquelas coisas lá em cima?! Isso mesmo. As antenas eólicas da Serra do Açor.
Eu que um dia, do alto da Gardunha as avistava,  com inveja pensava um dia;
Hei-de lá ir um dia....
Pois é meus amigos....
Depois de bebermos uma jeropiga que a carrinha de apoio trazia, e na galhofa interrogar um transeunte de Almaceda "há quanto tempo não havia porrada por ali", foi subir, subir e subir 10 Kms até uma terra que a avó finalmente falava. Ingarnal(eu chamava-lhe Infernal). Uma coisa louca. só me lembro de uma coisa assim a seguir ao túnel da serra da Estrela. Achei pior para ser sincero. Brutal, escomunal, soberbo... eu sei lá. Eu que detesto subir, achei aquilo gratificante. Vislumbrávamos ao perto Rochas de Cima, subir e bem lá no alto, ao virar da esquina o vento apoderou-se desta cordilheira. Soberbo! Navegar a belo prazer bem lá no altinho do monte....ui...surpresa...
O Carlos e o Rogério tinham preparado um abastecimento original e sem conhecimento da malta. Quando cheguei lá estavam os fortes do grupo já a ajudar a malta a assar chouriça, morcela e farinheira bem lá no alto do Açor. Brutal...
Da parte do Dário, saiu um dos melhores comentários que já ouvi na minha vida, no mundo das bikes:
-"Pinto, será que a corrente do assador é XTR?!"...
Bem, foi de gargalhada geral.
Depois da barriga bem aconchegada, era hora do regresso, mas ainda as subidas enganadoras bem lá no alto tinham que se fazer.
Tripeiro, Violeiro, Rochas de Baixo e demais freguesias isoladas pelos nenhures dum monte que jamais imaginaria circular por ali um destes dias...
No Barbaído a distância começava a fazer peso nas pernas, e foi aqui que o Pedro ficou junto dos seus já bem cansado também.
O Juncal, terra que nos abraçava, já se avistava. Aqui o Roberto satisfeito por estar a chegar ao fim, dava aso ao "Palvarinho" que há na juventude de cada um...Consegui passar dentro de todos os charcos, charquinhos e charcões de água que havia por ali. Viva a juventude que há em nós...
Juncal. 62 Kms percorridos num dia onde só as pessoas interessaram. O meu GPS assinalava 1680 metros de acumulado!!!
Missão cumprida.
Pelas 3H30´juntámo-nos no restaurante " a Nave" no Salgueiro de outro amigalhaço meu. O Tó Zé, que com simpatia e paciência nos aturou no culminar deste belo dia de Domingo.
O post desta aventura desta vez vai diferente, mas não posso deixar de realçar certas fotos dignas de registo e que ficam bem na minha «alimbradura».
Carlos e Rogério:
As palavras são sempre poucas para registar a amizade que nos tráz por cá.
Bem haja por me incluirem na vossa lista de convidados.
Pinto, o Infante

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