as voltas do Pinto Infante, no Geo Tour

O dia 2 de março era para mim esperado com alguma ansiedade, pois tratava-se de um passeio orientado por GPS, coisa que me anda a apaixonar cada vez mais este tipo de eventos além de estar a aproximar-se o passeio por mim organizado na sua III edição.
Pois bem, juntamente com o meu colega de equipa, o Araújo deslocámo-nos até ao Fundão/bttGardunha.

Gente conhecida, muito pouca.
A Associação bttgardunha demonstrou neste fim de semana ser capaz de promover a serra da Gardunha duma maneira ímpar.
O Geo Tour seria um evento proposto por esta Associação, apresentando para o 1º dia 63kms, e para o 2º cerca de 80kms, por terras circulantes ao Fundão e seu Concelho.
Neste evento, eu e o meu colega Araújo seríamos os únicos a participar num só dia.
Com partida delineada para as 11 da manhã, depois da parte logística ficar tratada, partimos para um briefing dentro do pavilhão de multiusos do Fundão, onde o António através dumas palavras acompanhadas dum simples filme, dava as boas vindas à malta(80 inscritos) que abraçou este desafio.
Achei muito bom. Os alertas, as subidas, as paisagens, os cuidados, enfim, um rol de palavras escutadas por todos.

Seguia-se a parte fundamental destas coisas. Os apoios, e neste caso, o Sr.º vereador do pelouro do desporto e cultura do Fundão.
Saudou, e deu as boas vindas à malta(fica sempre bem), e ainda acrescentou uma novidade à coisa.
O Fundão, e bttgardunha vão realizar e levar por diante um CENTRO DE BTT na serra da Gardunha.
Muitos parabéns pela iniciativa(concretizada).
Depois, bem depois foi ouvir a excelente promoção/dedicação que a malta do Fundão/bttgardunha e suas entidades dedicaram a este evento.

Elaborar um passeio lúdico, orientado por GPS, fazendo com que os participantes levassem para casa uma enorme imagem que a serra possui, assim se queira mostrar através criatividade, carinho e vontade de mostrar os magníficos trilhos, terras, bredas e um património a assentar no xisto,  algo escondido nesta serra, com assinatura,  bttgardunha. 

Quanto a mim, juntamente com o meu colega Araújo, optámos por participar só no 1º round.
Sob a batuta do meu Garmin, saímos no 2º grupo.
Bttgardunha decidiu fazer a saída por classes etárias. A saída para mim foi algo atribulada, em consequência da quantidade de vidros partidos à entrada do pavilhão, como tem vindo a ser moda nestes últimos dias, e para variar, furo novamente no pneu traseiro...
Com nervos à flor da pele, a coisa lá se resolveu com o andamento.
11H05´, a equipa 31A e B juntamente com mais 18 demos início ao andamento.

Adeia Nova do Cabo, Souto da Casa e sei lá mais onde..
Lindíssimas paisagens escolhidas pela malta. Com alguma malta conhecida e amiga, o Mota servindo de apoio à organização, infiltrado no pessoal vinha percebendo se tudo estava a correr bem.
A serra, a outra, a da Estrela, vestia um lindo chapéu branco. Km após km, a aldeia do Açor ficava cada vez mais perto, juntamente com as soberbas antenas éolicas estratégicamente colocadas no alto da Gardunha.  Nesta zona, ainda notório uns farrapos de neve, ora aqui ora acolá a dar ainda mais beleza à coisa.
O meu empeno começava.
Já o disse várias vezes, que a Gardunha do lado Norte possui uma verdura e arvoredo algo diferente do lado Sul, mas não chega.
Esta gente agarrou neste tesouro de trilhos e brindou com algum trabalho um evento que em minha opinião, é de continuar.

Sempre com água por perto, ribeiras, barrocas ou riachos desenvolvemos os trilhos. Na descida depois das eólicas do Açor decidimos comer qualquer coisa. Apreciámos tamanha beleza e com uma sandocha de queijo da beira, apreciámos a imensidão da serra, aqui virados a Sul da gardunha.
Lindo.
As Bogas, de Cima, do Meio e de Baixo vinham a seguir.
Aqui, numa tipica tasquinha parámos perdendo de vista um simpático casal que connosco desfrutou deste passeio, observando aquilo que nos esbarrava pela vista dentro.
Dentro de quintais, os menos jovens habitantes destas aldeias davam os vivas à malta passar. Diría uns trilhos fora do mormal.
Quanto a mim, até me apaguei...

Sob o olhar atento da força do Zêzere, serpentemos o rio até Barroca.
As memórias vinham ao de cima. Juntamente com alguns elementos da organização, decorria o ano 2006 quando percorremos estes caminhos, sendo que na altura nem blog, nem Associações existiam.
A organização na altura, coube a gentes da Aldeia Nova do Cabo.
Embora cansado do empeno, não apetecia largar estes trilhos, considerando-os dos melhores onde já circulei até aos dias de hoje.
A faltarem 7 kms, para o fim, faltava a cereja em cima do bolo. Um momento que classifiquei mágico.
Um single ao longo de um Zêzere algo embriagado pelas águas que jorram da lavagem das pedras das minas da Panasqueira.
A opinião era geral. Uma coisa do outro mundo.
Circulávamos ao lado de um "monstro" adormecido ao longo do monte, que felizmente se vai segurando, permitindo circular com belezas que quanto a mim, e repito nunca vi...
Posto isto, e com enorme empeno, pelas 17H30´chegávamos ao Cabeço do Pião com alegria enorme de missão cumprida.
Um empeno talvez dos maiores que já levei.
Uma qualidade de trilhos patrocinados pela bttgardunha fora do normal.
63Kms percorridos.
Acumulado 1780m
Ao meu colega de equipa, bem haja pela companhia, e para a próxima vamos aos dois dias.
Ao bttgardunha, apesar do empeno, esta vou com certeza recordar, e já agora:
PARABÉNS pelo evento, pois penso que tudo foi pensado ao pormenor para com a VOSSA criatividade promoverem com qualidade esta zona da Beira, mais própriamente todo o património e serra da Gardunha.
Aquele de sempre, sem travões...
Pinto, o  Infante